As novas tecnologias ou Tecnologias da Informação (NTI) são, segundo Castells
(apud NETZ, 2005) o conjunto de tecnologias de microeletrônica, da computação, seja
de software ou de hardware. Mas elas envolvem “aspectos humanos, administrativos e
organizacionais” (KEEN, 1993, apud LARINDO et al, 2001, p.160), pois despertam o
interesse pela modernização que gera impactos e mudanças no comportamento cultural e
Na categoria das tecnologias portáteis, segundo Weverton Lucas (2010),
foi o desktop, depois os portáteis como o Palm e o Notebook, agora a inovação que atrai os
consumidores e aquece o mercado tecnológico é o tablet. Essa nova tecnologia baseia em
um computador portátil, semelhante ao notebook, em tamanho A4. Utiliza-se o dispositivo
touchscreen (manuseado com os dedos ou caneta), fácil visualização de fotos, vídeos etc.
Possui diversos aplicativos (gadgets) que o consumidor customiza, de acordo com seu perfil.
O Tablet PC, de forma abundante, tem características semelhantes de um notebook, diferindo
seu tamanho, e também, alguns com funcionalidades similares de um smartphone. Pequeninos
e leves o suficiente para que possamos manejá-los sem nenhuma dificuldade em qualquer
lugar, são grandes álibis para quem lê, digamos, em lugares “desapropriados” para o livro
comum, jornal, revista, e outros, (LIMA, 2010).
O universo dessas tecnologias é o universitário. Segundo Lima (2010), a “vida de
universitário é sempre corrida”. Entre escola, estágio e cursos encontrar tempo suficiente para
ler todos os livros de que precisa é complicado e, mais ainda, levar quilos e quilos de livros
enormes na mochila... Para ele, é grande o desconforto de carregar tanto peso, “além de ficar
impossível manejar estes livros dentro de um ônibus lotado, por exemplo”.
Nesse contexto, aparecem os Tablets para resolver o problema. Para a jornalista
americana Chema Rodrigues (2010), o “mercado consumidor foi extremamente receptivo”
aos Tablets, pois livros ou revistas podem ser todos “compactados com segurança em um
único aparelho”.Nesse novo caminho, as “editoras e empresas de mídias no mundo inteiro já estão se
adaptando a estes aparelhos”, completa a referida autora. Entretanto, para ela,
novos formatos, como os ipad’s porque os desenvolvedores e editores são
bastante lentos e levam mais tempo para criar conteúdos sob medida para os
tablets, mesmo porque empresas como a Apple aplicam muitas condições
restritivas para o uso do mesmo (RODRIGUES, 2010).
York Times, que oferece um visual tradicional, mas dinâmico, devido a um aplicativo que
criou. Com ele, os anúncios digitais ganham mais interatividade.
Segundo Germano (2011), enquanto uns pensam nas dificuldades de adaptação, “o
escritor pernambucano Fernando Farias enxerga nos e-books uma oportunidade”. Germano
afirma que Farias possui uma editora, a Navras, que edita em formato digital e cede espaço
para os autores brasileiros que queiram publicar suas obras. “Estamos explorando uma
realidade relativamente nova, com pouco tempo de existência, mas que promete modificar o
mercado editorial, que é ainda muito fechado”, afirma o escritor, depois de observar que seus
livros vendem mais pela internet do que nas livrarias (FARIAS apud GERMANO (2011).
Banner (2010), fala de uma empresa especializada em T.I., que utiliza o iPad
como ferramenta de negócios. Segundo informa Banner (2010), tal empresa desenvolveu
um aplicativo do seu “portfólio de serviços” para ser apresentado nas visitas comerciais,
explorando as “funcionalidades que os Tablets oferecem”.
Por sua vez, King (2010) pondera que o banco “Wells Fargo & Co. levou dois anos
estudando o iphone antes de permitir que seus funcionários usassem o aparelho no trabalho”,
mas apenas algumas semanas para liberar o iPad.
Segundo Fusco (apud HIPÓLITO, 2011), “cerca de 30% a 40% dos tablets que virão para o mercado em 2011 serão adquiridos pelas empresas atuantes no mercado nacional”. Estes números são confirmados pelo estudo da empresa de consultoria IDC Brasil(2011). “A procura está vindo principalmente de empresas que usam o tablet como catálogo de produtos ou para automatizar a força de vendas”, afirma Fabio Gaia, presidente da Officer,
distribuidora para o setor corporativo (apud HIPÓLITO, 2011).
Para Basso (2008), outra grande oportunidade que os tablets apresentam é na áreada educação. Embora no Brasil sua “representatividade seja pouco expressiva, nos países desenvolvidos ela já é uma realidade latente”, afirma, citando o exemplo da escola americana Webb School of Knoxville, do estado do Tennessee, nos Estados Unidos “que fez do iPad um
item obrigatório para os alunos da instituição, com idade de 8 a 18 anos”.Nesse exemplo, Basso (2011) cita Jim Manikas, diretor de tecnologia do colégio,
quem, segundo ele, dá uma “explicação inusitada para a exigência do uso do iPad – evitar problemas de saúde, envolvendo estudantes”. Nas palavras de Manikas, ‘Temos alunos que carregam quase 20 quilos de livros didáticos, enquanto um iPad pesa menos de 1 quilo” (apud BASSO, 2011).
O uso desses tablets trouxe para a sociedade uma nova perspectiva sobre vários
aspectos que vai desde a literatura, passando pela educação e pela economia e revelando-se
uma ferramenta que ainda nos trará várias outras vantagens.
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